quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

PESADELO

Ferramentas de tortura sangue e gritos de alegria rodeara aquela sala num passado futuro feridas abertas cantavam árias descontentes e vertia dos dentes o som metálico das fábricas de gordura latidos agudos rompiam das celas e corrompiam os ouvidos menos preparados um dos cachorros chamava a atenção por ter seu olho suspenso sobre o focinho e divertia-se mastigando o órgão enquanto  latia para expressar a dor os homens roubavam ferramentas e enfiavam nos seus próprios ventres divertindo os demais espectadores e comiam das sobras de suas tripas o subproduto de suas fezes fétidas e descoloridas enfiavam pregos na cabeça e dançavam ao som das árias e uma mulher grávida bebia todo o sangue do chão enquanto a cabeça de seu filho suspensa entre suas pernas gritava pedindo pra que acordasse daquele PESADELO