Devaneios e vomitadas psicológicas de pouco valor literário mas de grande valor psiquiátrico. Por Abner Miranda?
quarta-feira, 18 de janeiro de 2012
PESADELO
Ferramentas de tortura sangue e gritos de alegria rodeara aquela sala num passado futuro feridas abertas cantavam árias descontentes e vertia dos dentes o som metálico das fábricas de gordura latidos agudos rompiam das celas e corrompiam os ouvidos menos preparados um dos cachorros chamava a atenção por ter seu olho suspenso sobre o focinho e divertia-se mastigando o órgão enquanto latia para expressar a dor os homens roubavam ferramentas e enfiavam nos seus próprios ventres divertindo os demais espectadores e comiam das sobras de suas tripas o subproduto de suas fezes fétidas e descoloridas enfiavam pregos na cabeça e dançavam ao som das árias e uma mulher grávida bebia todo o sangue do chão enquanto a cabeça de seu filho suspensa entre suas pernas gritava pedindo pra que acordasse daquele PESADELO!
terça-feira, 17 de janeiro de 2012
ALMA
Da seda tece o fino fio que desalinha a sedenta sede de viver tecendo pelas pontas do tecido relativo do espaço-tempo atrasado por desajustamento pueril já adulto transmutado e evoluído pela metade crente de que treme a terra por ordem divina esquece a linha de pensamento lógico e se rende a sede de conhecimento barato devaneia respostas brandas e distancia-se da febre quente que funde o ferro do ferreiro de fé ferida e frade fria como a Alma?
quarta-feira, 11 de janeiro de 2012
MALDITOS
Trajando vestidos surrados pesados e desalinhados com o eixo terrestre vago por suas vielas desabitadas de complexas vieiras logaritmos sem base nem potência pudera antes travar batalhas entre elas e alimentar-se de animais putrificados e saciar-se sexualmente com as crias dos mesmos fétidos animais céticos custavam a agregar o conceito de sobrevivência dos humanos daquela forma extraterrena e desigual e faziam danças como valsas dos adeuses se despedindo da vida pacata e tranquila que antes desfrutara seus antepassados Malditos?
terça-feira, 10 de janeiro de 2012
Gratidão
Sinfonias suburbanas batuques de prestígio o ralentando no ritmo desigual das pautas sobrepostas nos postes de luz e seu pulsar metronômico que nunca perde o compasso tracejando círculos perfeitos com áreas e varandas cheias de vento e ferramentas de tortura já esquecidas por uma população isenta de informação pós guerra absurdamente desinformada desaconselhada e desperdiçando oxigênio na terra existe quatro elementos naturalmente desfavorecidos com a presença humana animal e extraterrestre como foi pregado a milhares de anos atras jesus perdeu prestígio nasci sentindo pena e Gratidão
quinta-feira, 5 de janeiro de 2012
DIVINDADE
Perfeitos sórdidos por personalidade desamparados pelo ego desmistificados pela coragem desassossegados pelas responsabilidades amparados pelos mentirosos alimentados como porcos comendo com as mãos tudo aquilo que conhecemos por sobra ignorados na verdade radiantes de mentira afogados no mais puro oxigênio e absorto no mais infinito vácuo de belezas e virtudes sozinhos perdidos em seus falsos poderes podres fedorentos e colossais por julgamento próprio vergonha é acreditar que somos todos iguais perante uma Divindade?
quarta-feira, 4 de janeiro de 2012
MAIS UM
Normalmente desamparado finalmente desmembrado possivelmente morto e desacreditado quem sabe desesperado sensato finalmente ou mais um modelo de incógnita demasiada complexa e esboçado por finalizar nunca completo deformado retardado e fiel um anjo como nenhum outro ou um demônio como não teremos a oportunidade de conhecer - ou saber - que seja desde que sejas ou desista antes do fracasso total ainda desacreditamos se for necessário só não pode aceitar a medalha de Mais Um ?
segunda-feira, 2 de janeiro de 2012
NOVIDADE
Novidades desertos de incertezas rotinas de segunda feira terças de segundas intenções quartas melódicas de pura mesmice e desencanto desacato é propor definições ao inóspito sem fronteira embora metafísico pendendo pro melancólico abraçando uns aos outros sem rumo nem certezas erramos ao encorajar o ser que esta morto desistiu de mentir aos demais e mostrar que sua espada não é de aço por dentro de cavernas e por fora de vales fora da realidade e infinitamente descontente com o tempo e suas correntes paralelas ao declínio ferindo pulsos no escuro e seus cadeados com densidade espiritual de peso relativo ao espaço que agrega canções afinadíssimas e complexas como o novo como qualquer tipo de felicidade e Novidade?
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